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quinta-feira, 31 de março de 2011

Ditadura ainda?

Ontem 30/03, o programa Conexão Repórter do Jornalista Roberto Cabrini, no SBT, exibiu uma reportagem muito interessante sobre a Ditadura Militar no Brasil. Com toda a sua experiência o jornalista tentou ser imparcial. Todavia, como já citava no primeiro texto neste blog, é impossível o ser humano ser plenamente imparcial, pois ao darmos a notícia colocamos nela um pouco da nossa opinião. E, penso, isso que faz a notícia trazer a sua verdade.
Enfim, o programa foi muito bom! Ouvir o outro lado. O lado de quem torturava! E perceber que tantos anos depois estes canálias, sim canálias, não se arrependeram de ter torturado barbaramente homens e mulheres que lutavam a favor do Socialismo. Alguns, covardes não mostram o rosto, outros mostram o rosto e ostentam o sadismo que tinham em maltratar e humilhar pessoas que lutavam por justiça!
Penso, se hoje não vivemos uma 'ditadura velada'. Algumas coisas ainda me assustam, como o fato de alguns amigos me alertarem para textos que escrevo neste espaço. Demonstram preocupações. Entendo e agradeço! Entretanto, se fôssemos analisar friamente, isso não deveria acontecer, pois vivemos num país livre, sendo assim, todos deveriam manifestar suas opiniões sem sofrerem qualquer ameaça ou risco de morte. Concordam? Afinal, não foi por isso que tantas pessoas lutaram, e muitas morreram nos porões da ditadura, tornando-se mártires?
Sigo com o meu incansável desejo de liberdade de expressão!
"Apesar de você, amanhã há de ser outro dia... Como vai proibir quando o galo insistir em cantar?"...

Luciano França Ramos

quarta-feira, 30 de março de 2011

Superintendência Municipal de Juventude

Caríssimos companheiros que têm a generosidade de lerem o que escrevo neste espaço tenho que admitir que este texto tem uma gigante responsabilidade!
Amanhã (31/03) será o lançamento da Superintendência Municipal de Juventude. Me preocupa esse lançamento!  Os atores que representarão a Superintendência, de fato, sabem qual é a demanda da Juventude? É importante lembrar que para chegar até o ponto do lançamento da Superintendência amanhã houve um processo de discussão (Fórum Municipal de Juventude). Este Fórum teve seus princípios desnorteados e por esse motivo algumas entidades sérias do município como a Pastoral da Juventude (Igreja Católica), a UEDC (União dos Estudantes de Duque de Caxias), PROFEC, entre outras, saíram da discussão.
Torço plenamente para que essa Superintendência dê certo. Existem algumas pessoas sérias lá. Poucas, mas existem. Uma pessoa séria e em quem acredito profundamente é a jovem Isabela Gonçalves, cujo carinho e admiração são enormes.
Todavia, me pergunto: Algo que começa errado tem como acabar dando certo?
De qualquer forma caros companheiros(as) vamos fazer presença amanhã no Lançamento da Superintendência Municipal de Juventude, na Faculdade Estácio de Sá, no bairro 25 de Agosto. É preciso entender o que está sendo articulado em nosso município para lutarmos pela implantação de Políticas Públicas de verdade para a juventude.

Com toda a minha preocupação;
Luciano França Ramos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sine sem ar condicionado - Pessoas sem local para procura de empregos em Caxias

Desde a semana passada tenho ligado para o SINE (Sistema Nacional de emprego) em Duque de Caxias, o telefone chama incansavelmente e ninguém o atende. Passei no local onde funciona, ou deveria funcionar, Sistema Nacional de Empregos e vi que estava fechado. Até que hoje (28/03), apenas hoje, fui informado que o SINE está fechado há algumas semanas, pois o ar condicionado não está funcionando.
Gostaria muito de entender isso! Os beneficiários do SINE, ou seja, os desempregados da cidade de Caxias estão sendo atendidos aonde? Por outro lado, as contas dessas pessoas desempregadas, os filhos dessas pessoas desempregadas deverão esperar até o ar condicionado do SINE voltar a funcionar?
Compreendo plenamente que os espaços de trabalho devam ser espaços dignos. Por isso mesmo a cobrança deve ser feita ao Governo do Estado, que é o executor do programa. Pois as pessoas desempregadas não podem esperar para que sejam atendidas apenas quando o ar condicionado voltar a funcionar!
Fica o meu protesto!
Fica a minha indignação!
E gostaria muito que ou o Governo do Estado do Rio de Janeiro ou a direção do SINE pudesse se pronunciar em relação a isso. E que caso eu esteja errado por favor apontem o erro e provem.

Luciano França Ramos 

segunda-feira, 14 de março de 2011

"Você tem fome de quê?"

Depois de uma cansativa, mas excelente reunião de trabalho hoje, estava refletindo o que poderia escrever neste espaço de discussão. Cheguei a conclusão de que gostaria de escrever sobre a miséria. Pensava em dois títulos para esse texto. Um é o que está acima, dando nome a estas linhas. O outro seria "A quem interessa a miséria?". Com valorosa ajuda optei pela primeira. Vamos lá.
A miséria é a nossa vizinha que tentamos não perceber que existe, pois ela nos faz perceber o quanto somos egoístas, mesquinhos ou incapazes. Mesmo assim ela é um vizinho incômodo, por que faz questão de mostrar-nos que existe. De que forma? De várias. Seja o menino que vende bala no sinal, o outro que limpa rapidamente o seu carro no sinal fechado, o malabarista no mesmo local ou até mesmo o que simplesmente pede dinheiro.
Quantas vezes nos deparamos com a infeliz cena do mendigo (a) procurando na lata do lixo algo para saciar a sua fome, e no mesmo instante viramos o rosto para não presenciarmos tamanha miséria?
Do ser miserável (não gosto muito deste termo, mas vou usá-lo) é retirado tudo. Até a possibilidade de sonhar. No regime capitalista, onde somos o que produzimos, é vendido a este ser que ele é um potencial nada. Sendo assim, a maioria acaba por não ter perspectivas de vida, não tem o direito de sonhar e nem consegue vislumbrar um futuro difrente do presente.
A miséria não bate a porta dessas pessoas, ela 'arromba', entra sem pedir licença e ali se instala.
Por sua vez, o governo que deveria prover as políticas públicas para essa população, nada faz.
Essas pessoas são obrigadas a se tornarem reféns da Maldição dos Centros Sociais. Que é feito com recursos que deveriam ser encaminhados para a criação de postos, escolas, creches públicos. E que não interessa a maioria do Legislativo fiscalizar e cobrar do Executivo, uma vez que esses centros sociais os beneficia.
Uma vez dependente dos Centros Sociais sempre dependente. E este vereador, deputado ou quem seja que deveria ser o grande vilão, se torna o 'Pai' desse povo local.
É a velha e antiga promoção sobre a miséria do povo!
Até quando viveremos isso?
Acho que esse texto responde a pergunta inicial.

Luciano França Ramos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

UPP pra quê?

Bom, quero começar este texto afirmando que não sou nehum especialista em segurança pública. Quero também deixar claro que não sou contra nem a favor às UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Sendo assim, vamos lá.
Há um tempo atrás, deve ter um pouco mais de 04 meses, participei de um fórum de discussão, na Cinelândia, com um jovem chamado MC Fiel. Para os que não sabem ou não lembram, este jovem fora, segundo ele, agredido por policiais dentro da comunidade onde mora (morro do Santa Marta). Segundo Fiel, isso havia acontecido, pois ele fazia uma festa no bar do sogro e os policiais se incomodaram com o som alto.
Quando, naquele espetáculo cinematográfico, o morro do Alemão e a Vila Cruzeiro foram pacificados alguns moradores denunciaram excessos de força por parte de alguns policiais em relação a moradores. E depois a mídia mostrou que alguns bens recolhidos na casa de traficantes estavam sendo divididos por alguns policiais que nem deveriam usar fardas. O termo 'alguns' será muito usado neste texto. Não vou radicalizar, pois muitos policiais nos fazem ainda acreditar na corporação.
É óbvio que a população do RJ não suportava mais viver sob julgo de bandidos. O poder paralelo é a grande praga da sociedade e age segundo critérios desconhecidos pelos cidadãos de bem. Quando nasce a proposta da UPP, o governador do Estado do Rio de Janeiro se remete à este cidadão de bem dizendo que todo este sofrimento acabaria.
Alguns questionamentos devem ser feitos.
Se a comunidade já foi pacificada há algum tempo (meses), qual a necessidade do policial militar andar entre os moradores com um fuzil na mão?
No caso da Cidade de Deus, como temos acompanhado o caso do carnaval. Qual o motivo de agir com tanta violência com os moradores?
Penso que os moradores acolheram os policiais como pessoas que trariam a paz depois de tanta guerra vivida durante anos. Me parece que não tem volta! Muitas comunidades serão pacificadas. Então deve-se pensar em um novo modelo de Pacificação!
Quanto as comunidades da Baixada Fluminense tenho dúvidas. Poderia até arriscar a dizer que não serão. Mas prefiro permanecer na dúvida. 
Propositalmente terminarei este texto assim para que nos comentários acabemos de contruí-lo...

Luciano França Ramos.
   

quinta-feira, 10 de março de 2011

Universitários 'analfabetizados'

Penso que nós, brasileiros, escrevemos pouco. Menos do que deveríamos. Essa carência literária nos causa um analfabetismo exacerbado.
Nossas crianças estão passando pelas escolas e a maioria não tem aprendido a ler e escrever de forma 'correta'. Compreendo que a língua portuguesa é muito mais complexa que outras línguas. Todavia, existem erros e casos que são gritantes.
Tentaram implantar na nossa Educação há pouco tempo a 'aprovação automática'. Na minha opinião deveria chamar-se de 'aprovação criminosa'. Os estudantes que não faltassem as aulas ao final do ano passavam independente das suas notas em avaliações. Isso é ou não um absurdo?
O reflexo desse modelo falido educacional se dá nas universidades. Existem universitários que não têm capacidade de escrever sequer uma redação. A maior parte das universidades acabou optando, de forma oculta, pela maldita 'aprovação automática'´. Sendo que essa você não precisa freqüentar. Basta pagar. Quero deixar claro que não são todas, mas boa parte.
 Muitos universitários acabam freqüentando os bares em frente, ou próximos da faculdade. Sendo assim, acabam se formando nos bares. Claro que existem exceções. Não estou radicalizando.
Estou tentando descobrir motivos para tantos universitários analfabetos. Penso que eles estão tomando o mundo! E isso é um problema! Pena que tudo no nosso país sempre acabe se tornando piada!
O deputado federal mais eleito do país, que teve que provar que sabia ler, hoje é membro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.  O que mais podemos querer?
Muitos podem achar que estou sendo preconceituoso, mas não estou.
Estou apenas levantando um questionamento para que discutamos e vejamos os problemas relacionados a Educação existentes no Brasil.
Penso que para parte dos políticos do nosso país seja muito conveniente esse analfabetismo generalizado. Quanto menos lemos, menos questionamos. Quanto menos questionamos, menos análises críticas dos fatos são feitas. Portanto, interessa a uma boa parcela da elite essa ignorância literária.
Luciano França Ramos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

UPA ou ULA?

Me pergunto se a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) não deveria chamar-se ULA (Unidade de Lento Atendimento)?
No segundo semestre do ano passado uma senhora que trabalhava na mesma empresa que eu passou mal e fomos levá-la ao UPA do Parque Lafaiete. Essa senhora havia desmaiado e apresentava um quadro de dores fortes (insuportáveis segundo ela) na nuca e insuficiência respiratória. Como milhões de outras pessoas neste país ela dependia do Sistema Público de Saúde, sendo assim, seguimos eu, ela e outra funcionária para esta unidade acima citada. Ao chegarmos lá, nos deparamos com um segurança que nos pedira para que apenas um acompanhante entrasse com ela (um detalhe que não contei: essa senhora possui um físico avantajado), o que seria impossível, tendo em vista que ela não conseguia se locomover sozinha. Ao questioná-lo sobre isso ele foi irredutível e apenas eu entrei com ela. Em seguida com essa senhora ainda 'gemendo' de dor, tivemos que relatar os dados pessoais dela para que uma ficha fosse feita. Logo após verificaram a pressão arterial e constatou-se que estava altíssima. Passamos para a sala ao lado e esperamos por mais de 40 minutos um médico para atendê-la e encaminhá-la para uma sala e tomar medicamento injetável.
Este é apenas um exemplo que eu vivi. Mas poderia citar inúmeros exemplos de amigos, parentes e pessoas próximas que viveram horas de terror nas UPAs 24h.
Quando o Governo do Estado do Rio de Janeiro criou as essas unidades foi com uma proposta de que a população fosse atendida rapidamente e diminuisse o número de mortalidade devido a algumas crises cardíacas, ou problemas menos graves. Como isso pode acontecer se alguns pacientes nem médicos encontram em algumas UPAs 24h? Isso me foi relatado por uma amiga quando eu ainda pensava se escreveria sobre esse tema.
Os nossos impostos são pagos regularmente. Pagamos até mais impostos do que gostaríamos e deveríamos. Merecemos viver essas situações de injustiças? A saúde não é um direito básico do ser humano? O Estado não tem o dever de prover uma Saúde digna para todos nós?
Penso que se os nossos governantes tivessem de usar o Sistema Público de Saúde seria muito diferente. Mas nós que usamos temos que cobrar nas urnas e fora delas que nos tratem com respeito e dignidade!

Luciano França Ramos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher, sexo frágil?

Penso que hoje (08/03), dia internacional da mulher, antes de mais nada deveria ser um dia de reflexão e de debate. Deveríamos refletir e debater as conquistas e o papel das mulheres numa sociedade extremamente  machista.
Hoje, então, penso, deveria ser o dia dos homens! O dia dos homens que sabem reconhecer a importância das mulheres. Que mesmo sendo ensinados desde crianças por muitas pessoas a tratarem as mulheres apenas como objetos as tratam como merecem ser tratadas, de forma respeitosa! E deveria ser o dia dos homens que ainda não aprenderam, aprender a lidar com elas.
Mulher na verdade é um ser especial e sagrado (na maior profundidade que possa expressar a palavra 'sagrada'). Um ser que dá a luz a novas criaturas. Colocando no mundo, através da sua incomensurável generosidade, seres para ajudar a construir a sociedade e muitos nem constroem, acabam destruindo.
As grandes lutas dos últimos anos foram protagonizadas por elas. A Lei Maria da Penha, por exemplo, que depois de anos sofrendo violência doméstica, as mulheres resolveram dar um basta e exigirem respeito através de uma lei que lhes dá segurança no relacionamento diário com seus maridos, namorados, companheiros em geral.
A luta pela igualdade de direitos, luta para que o Estado ofereça Educação integral, para que enquanto trabalham os filhos estejam seguros.
Hoje temos no Brasil uma mulher no poder. Administrando uma nação enorme como é o Brasil com sensibilidade e força. Características próprias das mulheres.
Enfim, poderia citar várias lutas protagonizadas por esses mulheres que nada têm de fragilidade e sim de força.
Viva as mulheres que fizeram, fazem e continuarão a fazer a História desse país!
Luciano França Ramos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sem carnaval em Caxias (De novo)

Quando tudo nos fez acreditar que esse seria diferente, o governo municipal nos surpreende e coloca mais uma vez em ação o que nos parece ser um autoritarismo exacerbado, e não permite que os foliões da cidade pulem nos blocos municipais.
Chamo de 'autoritarismo exacerbado', pois se o governo local toma uma atitude e nem se preocupa em explicar à população o motivo, acaba soando dessa forma. Estou errado?
Desde a última quinta-feira 03/03, fui notificado que os blocos foram avisados que não desfilariam mais na cidade. Apenas isso. O motivo ninguém sabe! Ou melhor, o motivo, provavelmente, é o mesmo dos outros anos: O governo local não quer! Que pena!
As pessoas estavam participando tão animadas dos primeiros blocos que começaram a desfilar desde o dia 26/02 (como notificado neste blog). Uma pergunta que não se cala é a seguinte: As pessoas que moram em Caxias e não têm poder aquisitivo para se deslocarem para o Centro do RJ ou outras cidades da Baixada que têm manifestações carnavalescas durante os quatro dias de carnaval, mas gostam de 'pular carnaval', fazem o que neste período no município?
Outra dúvida: A cultura e ao lazer não são direitos do ser humano? Com que direito nos são retirados?
Fico me perguntando até que ponto uma população é reflexo do governo que elege...
Nos fantasiemos de guerreiros! E deixemos que essa fantasia tome conta de nós! Sejamos guerreiros na luta contra o autoritarismo!

Luciano França Ramos.